À primeira vista, o esôfago de Barret é o nome dado a uma complicação potencialmente grave do refluxo gastroesofágico (DRGE). Nessa condição, o tecido que reveste o esôfago é alterado para uma estrutura semelhante ao que reveste o intestino. Estima-se que 10% das pessoas com sintomas crônicos de DRGE desenvolvem o esôfago de Barret em algum momento da vida.
Nos próximos tópicos, vamos entender melhor alguns pontos importantes sobre essa doença. Continue a leitura e fique por dentro!
Quais são os principais sintomas do esôfago de Barret?
É muito comum que indivíduos com esôfago de Barret tenham os mesmos sintomas de um refluxo gastroesofágico. Antes de mais nada, essas são complicações que atingem o mesmo órgão e podem causar desconfortos semelhantes. Dentre eles, podemos destacar:
- Azia — sensação de queimação no peito;
- Dor no peito — situação que também pode provocar queimação no local;
- Disfagia — dificuldades para engolir os alimentos.
É importante entender, contudo, que, na maioria dos casos, o esôfago de Barret não apresenta nenhum sintoma.
Quais são as causas do distúrbio?
Como já apontamos, a principal causa do esôfago de Barret é a complicação causada pelo refluxo gástrico. O quadro ocorre porque o ácido estomacal, que é responsável pela digestão dos alimentos, retorna ao esôfago, gerando constante irritação no órgão. Esse processo, posteriormente, provoca uma inflamação e, como consequência, leva à DRGE.
Apesar de a relação entre o esôfago de Barret e a DRGE ser muito próxima, nem todos os pacientes, de fato, possuem refluxo gastroesofágico. Mas, isso não exclui essa condição como a principal causa da doença tema deste artigo.
Na verdade, qualquer pessoa pode sofrer com Barret. Afinal, existem alguns fatores que podem contribuir para o seu surgimento, como, por exemplo, o tabagismo.
Quais são os tratamentos para o esôfago de Barret?
Primeiramente, o método de tratamento dependerá da gravidade da alteração no tecido e, claro, da condição geral de saúde do paciente.
De qualquer forma, as opções terapêuticas mais utilizadas, incluem:
- Medicamentos para controle do refluxo;
- Cirurgia para normalizar a musculatura estomacal, como forma de prevenir que o ácido gástrico escape de volta para o esôfago.
Dessa forma, vale ressaltar correto tratamento do refluxo gastroesofágico pode contribuir para evitar e até impedir a progressão do esôfago de Barret.
Recomendações
Alguns alimentos e bebidas podem gerar refluxo e, como consequência, evoluir para um quadro de esôfago de Barret. Além disso, também é recomendado ter atenção especial à dieta, tendo em vista que isso ajuda a minimizar os desconfortos e reduzir os sintomas da doença.
Sendo assim, temos alguns alimentos prejudiciais para o paciente com o quadro, que podem levar a uma inflamação do esôfago, tais como:
- Alimentos ricos em gorduras;
- Chocolate;
- Café;
- Bebidas alcoólicas;
- Alimentos picantes.
Por outro lado, algumas ações podem ser bastante positivas para a redução dos sintomas, como:
- Parar de fumar;
- Ter uma alimentação equilibrada;
- Comer a cada três horas, em pequenas porções;
- Manter o peso sob controle.
Por fim, nenhum tratamento deve ser iniciado sem que um médico especialista seja consultado. Algumas pessoas tomam medicamentos por conta própria e isso pode agravar a condição.
Quer saber mais sobre esôfago de Barret? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais sobre meu trabalho como gastroenterologista em Brasília.