Pólipos são lesões na superfície interna do tubo digestivo, causando o crescimento anormal da mucosa do intestino grosso (cólon e reto). Tal condição é bem comum e atinge cerca de 15 a 20% da população mundial.
Quando se localizam no cólon ou no reto, estas estruturas recebem o nome de pólipos colorretais, com formatos planos ou elevados e podem ter natureza benigna (adenoma) ou cancerosa (após passarem pela transformação maligna, chamada de adenocarcinoma).
Tipos de pólipos
Primeiramente, antes de tratarmos sobre os tipos de pólipos, é necessário que entendamos como os pólipos surgem no sistema digestivo.
O fator que os origina é o conjunto de mutações genéticas dos cromossomos de algumas células da mucosa, fazendo com que modifiquem seu comportamento. Tais mutações podem ocorrer no decorrer de toda a vida, com ênfase no período compreendido após os 50 anos. Além disso, outro fator que pode potencializar essas mutações é hereditariedade, o que torna essencial a pesquisa de casos em parentes.
Existem quatro tipos de pólipos colorretais, que se diferenciam em alguns aspectos. Os detalharemos a seguir:
Adenomatosos (adenomas)
Este tipo compreende a maioria dos casos dessa condição (praticamente dois terços). Grande parte deles não é cancerígena, mas quase todos os pólipos que se tornam malignos são adenomatosos. Existem dois tipos de pólipos adenomas: os tubulares, com menor chance de se tornarem malignos (apenas 5%); e os vilosos, com maiores chances (cerca de 40%).
Hiperplásicos ou serrilhados
Apresentam o aspecto que lhes dá este nome. Possuem tamanhos e localização variados, o que pode vir a impactar na pré-disposição deste pólipo a se tornar cancerígeno. Pequenos pólipos serrilhados no cólon (ou pólipos hiperplásicos), dificilmente são malignos. Contudo, os pólipos serrilhados maiores, que se localizam na parte superior do cólon, são pré-cancerosos.
Inflamatórios
Geralmente surgem em decorrência de um surto de colite ulcerativa ou doença de Crohn do cólon. Embora os pólipos não se apresentem como uma grande ameaça, ter colite ulcerativa ou doença de Crohn aumenta o risco geral de câncer de cólon.
Hamartomas
Na maioria dos casos, estão relacionados ao surgimento da Síndrome de Peutz–Jeghers ou com a polipose juvenil. Este tipo de pólipo não apresenta nenhum risco de malignidade, mas aumenta o risco de se desenvolver o adenocarcinoma intestinal, que é um tipo de câncer de intestino.
Fatores de risco e tratamento do pólipo
Devido ao fato de surgirem por mutações genéticas, existem alguns fatores de risco que podem potencializar o surgimento dos pólipos, que incluem:
- condições inflamatórias do intestino, como colite ulcerativa e doença de crohn;
- diabetes tipo 2 não controlada;
- obesidade;
- sedentarismo;
- abuso de tabaco e álcool.
Além disso, devemos listar alguns fatores de ordem hereditária, tais como:
- síndrome de Lynch (HNPCC), de Gardner e da polipose serrilhada;
- polipose associada ao Myh;
- polipose adenomatosa familiar.
O tratamento dos pólipos é cirúrgico. Porém, o médico irá avaliar se há realmente a necessidade de cirurgia, pois só se deve fazer a retirada da estrutura caso se trate de uma condição maligna.
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